O Museu da Eletricidade Lisboa, foi o local escolhido para a
apresentação pública da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos.
Nascida a 6 de dezembro de 2015 em Coimbra, a associação tem personalidade
jurídica e, segundo o presidente do conselho diretivo, Henrique Sánchez, tem
como objetivo “ajudar os utilizadores de veículos elétricos e a implementação
da rede de mobilidade elétrica no nosso país”. Os 21 fundadores da UVE têm
neste momento mais de 1,5 milhões de quilómetros percorridos em modo elétrico e
alguns dos utilizadores já têm mais de 150 mil quilómetros percorridos,
utilizasndo mais do que um veículo – combinando automóvel e moto – e outros
utilizadores já ultrapassaram os cem mil quilómetros num único automóvel.
A Associação UVE pretende impulsionar a mobilidade elétrica
através da divulgação de veículos elétricos em comercialização em Portugal, das
inovações apresentadas pelo mercado, pela realização de encontros, por conferências
e ações de formação sobre a mobilidade elétrica – abordando os veículos, a condução,
as baterias e os sistemas de carregamento –, a promoção e infraestrutura de
carregamento público e privado, a construção de uma solução política de
incentivos públicos.
Na apresentação pública da UVE serviu igualmente para
anunciar a data do 4º Encontro Nacional de Veículos Elétricos, que se realizará
em Coimbra, nos dias 4 e 5 de junho. O local escolhido foi a Praça da Canção,
na margem poente do rio Mondego.
O programa do evento contou com intervenções do presidente
do conselho diretivo da UVE, Henrique Sanchéz, do presidente da GAL (Global
Association for Life), Eduardo Rêgo, do vice-presidente da APVE, Robert Stüssi,
do secretário-geral da APREN – Associaçlão de Energias Renováveis, e Marco
Lopes, membro da direção da UVE. O evento foi encerrado pelo secretário de
Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, que apresentou algumas das
orientações do Governo para a mobilidade elétrica, designadamente a finalização
da rede piloto, constituída por 1.240 pontos de carga lenta e 50 postos de
carga rápida, financiados pelo Fundo Português de Carbono, num esforço
financeiro de 1,9 milhões de euros e que deverão estar operacionais até final
de 2016, assim como a reabilitação dos cerca de 20 por cento de postos de
carregamento da rede MobiE, que deixaram de funcionar. O governante prometeu
ainda a publicação para breve da portaria que regulamenta o regime da mobilidade
elétrica, designadamente ao nível da comercialiação de energia para veículos
elétricos ou o plano da administração pública para aquisição de veículos
elétricos, estando prevista a introdução na frota do Estado de 170 viaturas
elétricas em 2016, que representarão um investimento de 5,3 milhões de euros. O
secretário de Estado Adjunto e do Ambiente referiu ainda o incentivo do Estado
ao abate de veículos em fim de vida com mais de dez anos que em 2016 é de 2.250
euros, o qual se prolongará até 2017, voltando a descer para metade. Por Carlos Moura
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