quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Rede de carregamento de veículos elétricos liberalizada em Portugal

A ERSE (Entidade Reguladora de Serviços Energéticos) publicou o regulamento da mobilidade elétrica que prevê a abertura do mercado aos operadores privados. O Regulamento nº879/2015 foi publicado em Diário da República no dia 22 de dezembro.
De acordo com o documento, a Mobi.E continua a ser a entidade responsável pela gestão da rede de mobilidade elétrica até 2018, mas a operação dos postos de carregamento será entregue a outras entidades para os explorarem comercialmente. A Mobi.E terá a missão de monitorizar a gestão dos postos de carregamento pelos operadores privados.
A legislação prevê o pagamento da energia elétrica consumida pelos utilizadores de veículos elétricos, após um período de transição. Os utilizadores terão de adquirir um cartão de carregamento a um operador que ser creditado com dinheiro para que depois seja possível abastecer o veículo elétrico nos postos de carregamento em qualquer ponto do território nacional, incluindo Madeira e Açores. A tarifa a praticar pode variar em função do período horário, do nível de tensão e tipo de fornecimento.

Com o objetivo de realizar um tratamento seguro e flexível dos dados pela Mobi.E, os postos de carregamento serão dotados com contadores inteligentes. Por Carlos Moura 

Projeto da Linde Material Handling aposta em empilhadores a hidrogénio


O Grupo BMW, a Linde Material Handling e o Instituto de Movimentação de Materiais, Fluxo de Material e Logística da Universidade Técnica de Munique apresentaram os resultados do seu projeto H2IntraDrive, levado a cabo na unidade fabril do Grupo BMW em Leipzig. As conclusões mais importantes do estudo de investigação, que teve uma duração de quase dois anos, referem que o sistema de propulsão de hidrogénio, desenvolvido conjuntamente para equipamentos de movimentação de carga, demonstrou ser uma mais valia na prática, podendo já ser disponibilizado comercialmente e que em certas situações pode ser considerada uma solução económica. O Ministério Federal Alemão de Transporte e Infraestruturas financiou este estudo com um subsídio de 2,9 milhões de euros, como parte do Programa Nacional Alemão de Inovação de Tecnologia de Hidrogénio e de Células de Combustível.
A médio prazo, considera-se que a utilização da tecnologia de células de combustível e dos motores de hidrogénio, tem muitas possibilidades de substituir as fontes de energia convencionais nos equipamentos de movimentação de cargas. Esta ideia é confirmada num inquérito independente realizado como parte do projeto de investigação pelo Instituto de Manipulação de Materiais, Fluxo de Material e Logística da Universidade Técnica de Munique durante o verão de 2015. De acordo com este inquérito, 93 por cento dos 109 especialistas na indústria consultados consideram que o uso do hidrogénio como energia é benéfico. Ao mesmo tempo, 80 por cento acredita que não está suficientemente informado sobre as oportunidades que podem surgir com esta nova tecnologia. O estudo de investigação apresentado em Leipzig pode ultrapassar esta lacuna de conhecimento. Apoia-se no «Guia para o uso de equipamentos de movimentação de carga, acionados com hidrogénio», que também foi criado como parte do projeto de investigação.
Os resultados da investigação mostram que a célula de combustível obteve resultados convincentes na prática durante um período de quase dois anos. Desde dezembro de 2013 até finais de outubro de 2015, os tratores de reboque acumularam dez mil horas em funcionamento e os empilhadores chegaram inclusivamente a cumprir cerca de onze mil horas. Em certas situações gerais como em trabalhos de alta intensidade com operações de 2 a 3 turnos, os utilizadores podem conseguir significativas vantagens económicas desde o primeiro dia. Por exemplo, o uso da tecnologia de hidrogénio aumenta a disponibilidade operacional dos equipamentos de movimentação de carga. Isto deve-se a que estes se podem abastecer num curto período de tempo, enquanto a carga, a substituição e a manutenção de baterias de ácido-chumbo reduzem a produtividade. As análises realizadas demonstraram que o abastecimento de um trator de reboque dura 1,5 minutos. A substituição de bateria pode ser realizada em aproximadamente 5 minutos, mas também pode demorar muito mais. No caso dos empilhadores, o processo de abastecimento durou 2,2 minutos, enquanto o tempo necessário para a substituição de uma bateria equiparável foi de cerca de 10 minutos de média.
Além disso, a utilização da tecnologia de hidrogénio supõe uma grande poupança no espaço. Os dispositivos de elevação, os sistemas de ventilação, as bandejas de proteção, os lava-olhos de emergência e outras instalações deixam de ser necessários no centro logístico. Para o projeto na fábrica da BMW de Leipzig, onde se produzem os modelos i3 e i8, a Linde Material Handling adaptou seis tratores de reboque e cinco empilhadores dos modelos Linde E25 HL e Linde E35 HL com tecnologia de motor de hidrogénio. Além disso, durante o decorrer do projeto, desenvolveu e adaptou continuamente a tecnologia híbrida de células de combustível. Desta forma, por exemplo, reduz-se a taxa de avarias dos equipamentos acionados com hidrogénio.
No tempo que durou o projeto, utilizaram-se os equipamentos de movimentação de carga Linde para distribuir peças da carroçaria do modelo BMW i à área de produção no centro de Leipzig. Nestas instalações, os equipamentos assumiram todas as tarefas que normalmente se realizariam com veículos convencionais acionados por bateria. No seu estudo, os investigadores da Universidade Técnica de Munique compararam as duas tecnologias baseando-se nos seguintes parâmetros: eficiência energética, fiabilidade, durabilidade, assim como sustentabilidade ambiental e económica. Os cientistas determinaram, entre outras coisas, o custo de todo o ciclo de vida útil dos empilhadores e realizaram cálculos aproximados para uma frota de 50 equipamentos.

Na comparação com os equipamentos elétricos convencionais, o intervalo da autonomia dos tratores de reboque acionados com hidrogénio estava acima do standard, enquanto a autonomia dos empilhadores era mais baixa. No futuro, este intervalo continuará a aumentar graças a um depósito com maior volume e uma pressão de combustível mais elevada. A eficiência do sistema de células de combustível é no entanto, de acordo com o estudo de investigação, ligeiramente mais baixa que a da bateria tradicional de ácido-chumbo. No entanto, em conjunto, o motor de hidrogénio convence com a sua alta disponibilidade operacional, os baixos custos de pessoal resultantes e a redução no impacto ambiental se se compara com as vias de energia convencionais. Por Carlos Moura

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Mercedes-Benz B ED: primeiro elétrico com estrela

Com um comprimento exterior de 4,39 metros, uma largura de 1,78 metros, uma largura de 1,56 metros e uma carroçaria em perfil de monovolume, o Mercedes-Benz B ED poucas diferenças estéticas apresenta em relação à versão de combustão. Na verdade, só os mais atentos se irão aperceber dos detalhes que fazem a distinção: os frisos na grelha dianteira pintados em azul, as capas dos retrovisores na mesma cor e a inscrição ‘Electric Drive’ na parte inferior das portas traseiras. A instalação do motor elétrico fez subir a suspensão em alguns milímetros neste veículo que ostenta linhas desportivas. 
O conceito de carroçaria modular “Energy Space” da Mercedes-Benz permitiu a instalação da bateria de iões de lítio de 28 kWh na metade traseira da plataforma do veículo. Esta solução garante uma lotação para cinco lugares e uma bagageira com um volume útil de 500 litros. O habitáculo proporciona um generoso espaço para a cabeça e para as pernas, enquanto a possbilidade de rebatimento para a frente do banco do passageiro permite transportar objetos com um comprimento até dois metros.
O interior do Classe B possui materiais de elevada qualidade e com um toque macio, enquanto o tabliê se destaca pelo seu desenho elegante.
A posição de condução é relativamente elevada, o que favorece a visibilidade para o exterior. O condutor tem ao seu dispor um volante multifunções de três raios com pormenores cromados.
Os bancos e a secção superior do painel de instrumentos possuem acabamentos em pele ‘Artico’, com costuras azuis. O volante e a alavanca dos modos de condução são em pele, enquanto o painel de instrumentos e o painel das portas são revestidos com pele ‘Artico’.
Como veículo elétrico, o Mercedes-Benz B ED possui um painel de instrumentos específico, designadamente um mostrador no lado direito que indica a potência utilizada. Sempre que o condutor carrega a fundo no acelerador, o ponteiro desloca-se para a direita, da zona verde para a vermelha, caindo para baixo da linha zero quando a bateria está a receber a energia elétrica oriunda do sistema de regeneração. 
O sistema de propulsão elétrica do Mercedes-Benz B ED foi desenvolvido pela marca alemã em colaboração com a Tesla Motors. As duas empresas partilham muitos anos de cooperação na área da mobilidade elétrica e a proprietária da Mercedes-Benz, a Daimler, já teve uma participação na companhia fundada por Elon Musk. O motor elétrico do Mercedes-Benz B ED oferece uma potência máxima de 132 kW (180 cv) e um binário de 340 Nm, que está disponível logo no arranque. Para não penalizar a autonomia da bateria, a velocidade máxima está limitada a 160 km/h. A marca alemã anuncia uma autonomia até 200 quilómetros, mas em condições reais consegue-se fazer cerca de 160 quilómetros em modo Economy + (ver caixa). O consumo médio de energia registado pelo computador de bordo da unidade ensaiada foi de aproximadamente 18 kWh por cada cem quilómetros, o que para um preço de 14 cêntimos por kWh (tarifa baixa tensão EDP até 20,7 Kva) se traduz num custo de 2,52 euros por cada cem quilómetros percorridos. A versão de combustão equivalente em termos de potência – o B 220 CDI de 170 cv – tem um consumo médio de 5,6 l/100 km e para percorrer a mesma distância o utilizador tem de gastar 6,78 euros em gasóleo.   
O tempo de carga completa da bateria varia entre as 3h30m, com o cabo de ligação a um posto público ou a uma ‘wallbox’, e as mais de nove horas com utilização de uma tomada doméstica de 16A (neste caso, a ligação à ‘terra’ tem de estar operacional, caso contrário, por uma questão de segurança, o carregador simplesmente não carrega a bateria). A garantia da bateria de iões de lítio é de oito anos ou cem mil quilómetros.
O Mercedes-Benz Classe B ED tem um preço a partir de 42.894 euros, mas se incluirmos opcionais como o sistema de estacionamento ativo (691 euros), o sistema Command Online (1.788 euros) e o sistema de luzes inteligente (1.423 euros), faz elevar o preço da unidade ensaiada para os 46.796 euros.
Ao abrigo da Lei da Fiscalidade Verde, que permite a dedução do valor do IVA pelas empresas e profissionais liberais, o Mercedes-Benz B ED fica disponível por um preço a partir de 34.873 euros e os seus utilizadores estão isentos da taxa de tributação autónoma.
Caso a empresa seja proprietária de um veículo de combustão com mais de dez anos para abate na troca por um veículo elétrico, então o Mercedes-Benz Classe B fica acessível por 30.373 euros.
Será de referir que as versões de combustão B 200 CDI de 136 cv, com caixa de velocidades manual e automática, têm preços de venda ao público de 36.895 euros e 38.652 euros, respetivamente, enquanto o B220 CDI de 177 cv, com caixa automática, custa 42.944 euros.
Para utilizações urbanas e suburbanas, a versão elétrica do Mercedes-Benz Classe B constitui uma opção economicamente interessante para as empresas e profissionais liberais, uma vez que o custo de aquisição fica bastante competitivo face às versões de combustão, enquanto os custos energéticos, em tarifas normais, são 62,5 por cento inferiores. Por outro lado, beneficia ainda da imagem de marca e isso no mercado nacional vale bastante. Daí, talvez, o sucesso do seu principal concorrente no segmento ‘premium’, o BMW i3.


Economy Plus, Economy e Sport

O Mercedes-Benz B ED oferece ao utilizador três programas  de condução: Economy Plus, Economy e Sport. A primeira opção (E+) está otimizada para um estilo de condução defensiva e proporciona um andamento constante e regular. A potência do motor é reduzida para 65 kW (83 cv) e a velocidade máxima está limitada a 110 km/h. Com a função ‘kickdown’ mantém-se disponível a potência máxima de 132 kW (180 cv) e a velocidade de ponta de 160 km/h. O modo “Economy”, por sua vez, também tem o objetivo de preservar a autonomia da bateria, mas neste caso já tem oferece uma potência máxima de 98 kW e com a função ‘kickdown’ também é possível aceder a toda a capacidade do motor. Por fim, a função S “Sport” está parametrizada para uma condução desportiva, disponibilizando o máximo de potência – 132 kW (180 cv) e de binário (340 Nm) para garantir prestações mais vigorosas, caso, por exemplo, de uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 7,9 segundos. Por comparação, o Mercedes-Benz B 220 CDI, com motor diesel de 170 cv, necessita de 9,4 segundos para efetuar uma aceleração dos 0 aos 100 km/h. Os arranques só não são mais fulgurantes porque o B ED pesa em vazio mais de 1,7 toneladas. O sistema de regeneração de energia também pode ser ajustado

Aposta na segurança

A Mercedes-Benz tem vindo a investir fortemente no desenvolvimento de avançados sistemas de segurança, fazendo depois a transposição para os veículos de produção. O B ED não é exceção a esta regra e recebe, de série, o sistema ‘Collision Prevention Assist Plus’, que numa situação de aproximação excessiva ao veículo da frente ou mesmo a um objeto estático, o dispositivo de segurança alerta o condutor e chega mesmo a travar.
Igualmente de série é o sistema ‘Attention Assist’, que deteta o cansaço do condutor e, se for o caso, o aconselha a fazer uma pausa para ‘café’. O programa eletrónico de estabilidade (ESP), o adaptive brake com função hold, que melhora a segurança e o conforto de travagem e evita que o veículo deslize acidentalmente, também são de série. O Mercedes-Benz B ED dispõe de uma função de recuperação de energia especialmente eficaz, possibilitada pelo opcional sistema de travagem regenerativa baseada em radar. Este sistema utiliza os dados dos sensores do Collision Prevention Assist Plus para aumentar ou reduzir o nível de regeneração e, assim, a desaceleração. As patilhas de seleção situadas no volante permitem optar entre quatro fases diferentes de regeneração.


Ficha técnica
Motor                                     Elétrico assíncrono
Potência                              132 kW (180 cv)/9.000 – 12.500 rpm
Binário                                   340 Nm/- rpm
Bateria                                   Iões de lítio
Capacidade Armazenagem         28,0 kW
Peso                                     1.725 kg
Comp/larg/alt (m)          4,39 / 1,78 / 1,56                               
Aceleração 0-100 km                 7,9s
Veloc. Max                              160 km/h
Autonomia                          160 a 200 km

Tempo de recarga                   3 a 9 horas

Mercedes-Benz B ED em números

Preço Base:                
42.894 euros (PVP)
34.873 euros (empresas)

Preço com opções
46.796 euros (PVP)
38.775 euros (empresas)

Custo energia por 100 km:
Mercedes-BEnz B ED:  2,54 euros
Mercedes-Benz B 220 CDI: 6,78 euros 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Frota da Aliança Renault-Nissan percorreu 175 mil quilómetros durante a COP21

A frota de 200 automóveis elétricos que a Aliança Renault-Nissan colocou à disposição da COP21 transportou mais de oito mil delegados, jornalistas e negociadores, e percorreu 175.000 km sem emissões de CO2 e sem utilizar uma única gota de combustível, durante as duas semanas de duração desta conferência anual sobre as alterações climáticas que decorreu em Paris. A utilização desta frota, constituída pelos modelos Renault ZOE, Nissan LEAF e Nissan e-NV200, permitiu evitar a emissão de 18 toneladas de CO2. Os veículos realizaram mais de 3.800 viagens e transportaram os delegados para o local da conferência, a norte de Paris. Estes automóveis foram conduzidos por colaboradores da Renault e da Nissan que se voluntariaram para serem os embaixadores dos automóveis elétricos.
Esta foi a primeira vez que as Nações Unidas utilizaram uma frota de veículos 100 por cento elétricos para uma conferência sobre o clima.

Da COP21 resultou a Declaração de Paris sobre a mobilidade elétrica e as alterações climáticas, um contrato que tem como objetivo incrementar a presença de veículos elétricos e da infraestrutura de carregamento. A Aliança Renault-Nissan é signatária deste acordo que visa colocar o sector dos transportes em linha com os compromissos da COP 21, de redução dos impactos das alterações climáticas. Por Carlos Moura   

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Hyundai fornece frota de táxis ‘fuel cell’ a Paris


A Hyundai entregou cinco táxis ix35 Fuel Cell para a empresa STEP (Société du Taxi Electrique Parisien), com sede em Paris. A entrega coincidiu com a abertura do primeiro posto de abastecimento de hidrogénio da capital francesa, numa altura em que decorria a COP21, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
A entrega dos cinco Hyundai ix35 Fuel Cell originaram a maior frota de táxis de combustível a hidrogénio do mundo e é o primeiro passo na constituição de uma frota de táxis elétricos movidos a hidrogénio denominada por "Hype" (Hydrogen Powered Electric), que serve a grande área de Paris. Nos próximos cinco anos, está previsto que a frota aumente para mais de cem veículos, com a infraestrutura de reabastecimento a ser instalada gradualmente em 2016, satisfazendo a crescente procura por hidrogénio.
Em comparação com um táxi a gasóleo com emissões de CO2 de 135g / km e uma quilometragem anual de cem mil quilómetros, os veículos ix35 Fuel Cell irão poupar cerca de 70 toneladas de CO2 por ano em emissões de escape. A única emissão de escape do ix35 Fuel Cell durante a condução é o vapor de água.
A elevada utilização destes automóveis na frota “Hype” também permitirá mostrar a fiabilidade e a usabilidade diária dos veículos com combustível a hidrogénio. Para melhorar o suporte, a Hyundai irá introduzir e certificar um concessionário Hyundai especializado em combustível a hidrogénio, para atender à crescente frota de táxis.

Com esta última entrega de veículos elétricos movidos a hidrogénio, o número dos ix35 Fuel Cell nas estradas europeias passou a 250 unidades. O ix35 Fuel Cell foi o primeiro automóvel movido a hidrogénio a ser produzido em massa e disponível para venda na Europa. Os exemplos, nas estradas europeias, já têm alcançado mais de 1,2 milhões de quilómetros. Até ao final de 2015, o modelo estará disponível para compra ou renting em 13 países europeus. Por Carlos Moura

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Hyundai val lançar modelo IONIQ com três opções de motores elétricos

A Hyundai vai lançar na Coreia do Sul, já em janeiro, o novo modelo IONIQ, que estará disponível em três versões ‘eletrificadas’: Full Electric, Híbrido Plug-In e Full Hybrid. A marca coreana reivindica ser a primeira a nível mundial a oferecer estas três opções de motorização num mesmo modelo.
A designação escolhida pela Hyundai, IONIQ, refere-se a elementos da sua criação: um “ion” (ião) é um átomo carregado de eletricidade e pretende referir-se à forma inteligente como estão conectados os motores do novo modelo; “Unique” (único), a segunda parte do nome, refere-se ao caráter único que representa na gama da Hyundai, demonstrando o compromisso ambiental da marca e a vontade de maximizar as escolhas dos clientes. Por último, o Q está também representado no logotipo do novo modelo como uma inovação visual, reconhecendo a abordagem nova, fresca e baixa em emissões do IONIQ.
O chassis é baseado numa plataforma nova e exclusiva, desenvolvida especificamente para esta opção de multi-motorizações, e otimizado para responder de forma eficiente e ágil em cada uma das três configurações de motorização. Na sua forma totalmente elétrica (EV), o IONIQ é movido por uma bateria de iões de lítio ultra eficiente. A versão plug-in híbrida (PHEV) combina uma utilização de combustível ultra eficiente com uma bateria carregada através de eletricidade, aumentando a sua duração e reduzindo as emissões. Finalmente, o híbrido (HEV) utiliza o motor a gasolina e o movimento do automóvel para carregar a bateria a bordo, que devolve uma eficiência aumentada complementando a potência do motor.  

O IONIQ, após a sua estreia mundial em janeiro de 2016 na Coreia do Sul, será apresentando no Salão Internacional de Genebra e no AutoShow de Nova Iorque durante março de 2016. Por Carlos Moura

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Utilizadores de veículos elétricos criam associação

Os utilizadores de veículos elétricos decidiram criar uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo de representar oficialmente e dar voz a uma já significativa comunidade de proprietários, utilizadores e simpatizantes de veículos elétricos (VE’s) em Portugal. A UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos foi constituída no dia 6 de dezembro em Coimbra. Segundo os estatutos aprovados, aquela entidade apresenta-se como “uma associação composta por utilizadores e entusiastas de veículos elétricos, quer sejam cem por cento elétricos ou híbridos plug-in, e tem por objetivo impulsionar a mobilidade elétrica através da divulgação dos veículos elétricos à venda em Portugal, das inovações apresentadas pelo mercado, da realização de encontros, conferências e ações de formação sobre a mobilidade elétrica nos seus diferentes âmbitos: os veículos, a sua condução, as baterias e os sistemas de carregamento, e ainda, a promoção e divulgação da infraestrutura de carregamento público e privado e de uma política de incentivos públicos.”
Entre as principais atividades da UVE destaque para a promoção do diálogo com empresas públicas do setor dos veículos elétricos, a sensibilização do maior número de autarquias e de organismos públicos para a necessidade de criar e ampliar a infraestrutura pública de carga normal, semirrápida e rápida, apoiar a promoção, o assessoramento e atuar como plataforma informativa na implantação do veículo elétrico por parte das empresas públicas e privadas; e, criar e manter atualizado o portal da associação –www.uve.pt”, atualmente em construção.
A comissão instaladora da UVE considera que as tarefas que tem pela frente são enormes, mas extremamente motivadoras, e chegam no timing perfeito para o desenvolvimento da mobilidade elétrica: novo governo, legislação já aprovada e que carece de implementação, corredores de estações de carregamento a ligar França a Portugal, novos modelos de veículos a serem lançados com mais autonomia, aumento das emissões de gases nocivos e poluentes, alterações climáticas e restrições ao tráfego automóvel nas grandes cidades. Por Carlos Moura

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Citroën Mehari regressa como elétrico


Com base no descapotável Bluesummer desenvolvido pelo Grupo Bolloré, a Citroën recuperou o conceito do descapotável de quatro lugares Mehari para o espírito do Século XXI, regressando mais de 40 anos depois como um veículo totalmente elétrico, o E-Mehari.
Segundo a marca francesa, o E-Mehari é um automóvel colorido, repleto de impertinência, completamente dentro do espírito Citroën. O modelo E-MEHARI é um denominado «it car», proposta que saberá seduzir quem procura diferenciação, com um olhar positivo sobre a vida, pessoas atentas às tendências e ao ambiente.
O design exterior do E-Mehari inscreve-se completamente no posicionamento da Citroën, que adota os códigos estilísticos da marca, incluindo um olhar expressivo, composto de um grupo óptico duplo, assinatura da Marca dos chevrons; o design original e otimista de modelos completos e calorosos, de formas suaves e uma frente sorridente; o estilo apurado, símbolo de alegrias simples e verdadeiras, num outro modo de falar sobre prazer automóvel.
Esta personalidade carismática é acompanhada por tons e elementos fortes, uma vez que estão disponíveis quatro cores de carroçaria – um azul que convida à evasão, um laranja gerador de energia e de otimismo, um amarelo revigorante e um bege elegante –, duas cores da tela do tejadilho – preto e vermelho alaranjado –, duas decorações interiores – um bege muito natural e outro, de visual técnico vermelho-alaranjado, em que a impressão na secção central é inspirada no mundo dos desportos aquáticos. Elaboradas em TEP, são completamente impermeáveis.
Tal como o Méhari lançado em 1968, o E-Mehari é um modelo descapotável, com uma capa removível, que se fecha através de um sistema de oclusão lateral retráctil, com grandes janelas transparentes. O utilizador pode decidir conduzir com a capota aberta apenas à frente, atrás, nas laterais ou na sua totalidade. O E-Mehari oferece quatro lugares reais, tendo um assento rebatível e está equipado com um chassis elevado para uma condução em todos os tipos de terreno. O veículo é construído por termoformação, recorrendo a um material plástico que não sofre efeitos da corrosão, não necessita de manutenção de pintura e é resistente a pequenos toques, fruto da sua elasticidade.
O Citroën E-Mehari vem equipado com baterias LMP ((Polímero de Lítio Metálico) que se distinguem  sua elevada densidade de energia e segurança de utilização. As baterias Permitem uma velocidade superior a 110 km/h e uma autonomia de 200 km em ciclo urbano.
As baterias recarregam-se completamente em 8 horas em 16A em instalações de recarga (terminais domésticos ou públicos do tipo Autolib) ou em 13 horas em tomadas domésticas de 10A.

O E-Mehari vai ser produzido na fábrica de Rennes da PSA Peugeot Citroën e será comercializado na primavera de 2016. Por Carlos Moura

Novo Governo retoma aposta na mobilidade elétrica

O programa do XXI Programa Constitucional prevê uma forte aposta no projeto de mobilidade elétrica e na formação de um ‘cluster’ industrial no nosso País em torno desta tecnologia. Esta aposta é considerada vital para substituir progressivamente a dependência dos combustíveis fósseis no transporte rodoviário, com as inerentes emissões de gases com efeito de estufa, por um maior consumo de eletricidade renovável.
Entre as medidas propostas inclui-se o direcionamento dos incentivos à aquisição de veículos elétricos para os segmentos com maior impacto energético e ambiental, designadamente autocarros de serviço público de transporte, táxis, transporte escolar, transporte de mercadorias e logística urbana. O Governo de António Costa compromete-se ainda a criar incentivos ao surgimento de operadores de ‘car sharing’ e ‘bike sharing’ elétricos. Por outro lado, as políticas de renovação das frotas do Estado e das autarquias, destinadas à circulação urbana, deverão abranger uma quota de 25 por cento de veículos elétricos. Além disso, o programa do novo Governo também prevê a criação de incentivos que levem os operadores logísticos a adotar veículos elétricos, em particular na operação em meios urbanos e em transporte ‘last mile’.

A reabilitação e redimensionamento da rede pública Mobi.E, a promoção do carregamento nas garagens das habitações e das empresas, onde os utilizadores de veículos elétricos estacionam a maioria do tempo, são mais duas das medidas previstas no programa do Governo, que é omisso relativamente à Lei da Fiscalidade Verde. O Governo propõe-se ainda definir uma tarifa de venda da energia armazenada de forma descentralizada nas baterias dos veículos elétricos de volta à rede elétrica. Os veículos poderão assim funcionar como um estabilizador da rede elétrica, armazenando energia nos períodos de vazio e devolvendo à rede nos momentos de pico. Por Carlos Moura

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

RATP e Heuliez Bus testam novo autocarro elétrico em Paris

A Heuliez Bus desenvolveu um novo autocarro urbano totalmente elétrico que irá ser testado, em condições reais de exploração, pelo operador de transportes públicos de Paris, a RATP. A introdução do GX 337 ELEC pela marca do grupo CNH Industrial vem reforçar a sua aposta na produção de soluções com motorizações alternativas. A Heuliez Bus, recorde-se, já vendeu 400 autocarros híbridos. Os novos veículos emissões zero eliminam a poluição local e reduzem os gases com efeito de estufa, o ruído e as vibrações. A gama de autocarros elétricos foi concebida para ir de encontro às exigências atuais e futuras do sistema de transporte  urbano e está preparada para uma utilização em período diurno com carregamento noturno e pré-aquecimento nos meses de inverno nas estações de recolha.

A Heuliez Bus detém uma quota de 26 por cento no mercado francês de autocarros e emprega mais de 440 trabalhadores na fábrica de Rorthais. Por Carlos Moura

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

EFACEC e Qualcomm assinam acordo de licenciamento para carregamentos por indução

A EFACEC Electric Mobility estabeleceu um acordo de licenciamento com a Qualcomm, que permite à empresa portuguesa utilizar o sistema de carregamento por indução para veículos elétricos e híbridos ‘plug-in’ da tecnológica norte-americana. «Assinamos um acordo de parceria com base no qual vamos trabalhar no desenvolvimento de equipamentos de carregamento sem contacto para veículos elétricos», afirma Pedro Silva, diretor executivo da EFACEC Electric Mobility. Com base no licenciamento da Qualcomm, a EFACEC irá desenvolver, produzir e fornecer sistemas de carregamento sem contacto para a indústria fornecedora de equipamentos de veículos elétricos. Numa primeira fase, a empresa portuguesa irá trabalhar em sistemas de carregamento por indução estáticos para várias vertentes da mobilidade elétrica – utilizadores privados, públicos e transportes públicos. «Ainda nenhum veículo vem equipado de série com esta tecnologia de carregamento sem contacto, mas o objetivo consiste na massificação desta forma de carregamento, que tem a vantagem de dispensar o uso de cabos», salienta Pedro Silva. «Atualmente, já se consegue transmitir a energia por indução com rendimentos bastantes aceitáveis e uma certa tolerância dos alinhamentos do recetor relativamente ao solo». Por Carlos Moura     

Barcelona inaugurou primeira estação de carga rápida

A Área Metropolitana de Barcelona, o município de Prat de Llobregat, as marcas Nissan, Renault e BMW inauguraram a primeira das três estações de carga rápida para veículos elétricos da capital da Catalunha. Os pontos de abastecimento destinam-se a servir os veículos elétricos dos trabalhadores do parque industrial Mas Blau, assim como os táxis elétricos que fazem serviços para o aeroporto de Barcelona. Os pontos de carga funcionam automaticamente 24 horas por dia, sete dias por semana, permitindo carregar 80 por cento da capacidade da bateria em 20 a 30 minutos. Por Carlos Moura

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Scooters elétricas da Gogoro vão chegar à Europa

A Gogoro anunciou que vai introduzir a sua e-scooter SmartScooter na Europa, no primeiro semestre de 2016, estando a estreia prevista para Amesterdão. A Gogoro SmartScooter foi criada em Taiwan por antigos engenheiros da HTC e está em operação naquele país desde julho.
A Gogoro SmartScooter consiste numa scooter elétrica que está integrada num ecossistema de abastecimento próprio. Ao contrário de uma scooter elétrica tradicional, que carrega a bateria através de uma ligação a uma tomada elétrica, os utilizadores terão de se deslocar a um dos quiosques da Gogoro para trocar as duas baterias quando estas começam a ficar sem carga. O proprietário só tem de depositar as baterias vazias e trocá-las por duas outras carregadas. Em Taipé existem atualmente 90 quiosques, que estão localizados em centros comerciais ou junto a áreas de serviço.

A Gogoro SmartScooter está equipada com mais de 50 sensores que ajudam o utilizador a perceber tudo o que se passa na e-scooter, estando a informação disponível numa aplicação para smartphone, que é a mesma a que se recorre para reservar as baterias de substituição. Em Taiwan, esta scooter custa cerca de 3.600 euros e os serviços de subscrição do serviço variam entre os sete e os 25 euros mensais.

A Panasonic, que fornece as baterias, é um dos parceiros da Gogoro, tendo investido na empresa de Taiwan 130 milhões de dólares. Por Carlos Moura 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Munícipio alemão de Leipzig adquire 50 veículos BMW i3

A BMW entregou ao mayor da cidade alemã de Leipzig 50 veículos elétricos i3 que irão estar ao serviço do munícipio nos próximos dois anos. Pos veículos irão ser distribuuídos por serviços camarários e empresas municipais, incluindo o operador de transportes coletivos, a empresa de distribuição de água e a própria vereação de Leipzig.
Além do fornecimento dos veículos, a BMW vai apoiar a expansão da infraestrutura de carregamento de Leipzig, assim como a harmonização dos interfaces e sistemas de pagamento.

Para o mayor Burkhard Jung, a aquisição dos 50 BMW i3 tem uma grande importância para um conceito global de mobilidade sustentável da cidade. “A BMW está a construir em Leipzig a mobilidade do futuro. Especialmente para nós, numa cidade em crescimento, necessitamos de um novo entendimento de mobilidade. No transporte do futuro já não será necessário chamar para obter um transporte daqui para ali. A questão será: que meio necessito para o fazer? E um veículo elétrico como o BMW i3 é um componente importante”, afirma.Por Carlos Moura

Nissan já forneceu mais de 550 táxis elétricos na Europa

A Nissan tem mais de 550 táxis elétricos em operação na Europa e só este ano a marca japonesa já entregou mais de cem unidades a empresas do setor do transporte coletivo em automóvel ligeiro, reforçando a sua posição como o construtor com maior número de vendas de táxis ‘full electric’. O crescimento do mercado de táxis elétricos parece destinado a continuar, uma vez que os clientes da Europa Oriental também estão a optar por esta solução que oferece uma redução nos custos de exploração.


A empresa húngara Green Lite Taxi Kft., sedeada em Budapeste, adquiriu 65 Nissan LEAF, passando a deter a maior frota com zero emissões da Hungria. Para alimentar este parque pioneiro, Örs Lévay, o CEO da empresa, instalou estrategicamente sete carregadores rápidos na cidade. Na Estónia, um Nissan LEAF pertencente à empresa de táxis Elektritakso percorreu mais de 218 mil quilómetros com o conjunto de bateria original, evidenciando a elevada qualidade e fiabilidade da gama de veículos elétricos da Nissan. No total, existem 80 táxis elétricos na Estónia, enquanto na Lituânia a Nissan se prepara para entregar os primeiros oito táxis 100 por cento elétricos à Smart Taxi Company, sedeada na capital do país, Vilnius, até ao final de 2015.
Os veículos elétricos da Nissan, que incluem o Nissan LEAF e a e-NV200 - um automóvel de passageiros e um veículo comercial ligeiro - são cada vez mais populares entre as empresas de táxis europeias, com os Países Baixos e o Reino Unido a liderarem a tabela de frotas de táxis elétricos da Nissan (194 e 134 unidades, respetivamente).
A Taxi Electric, de Amesterdão, foi o primeiro operador de táxis privado a mudar para uma frota de táxis 100% elétricos, em novembro de 2011. Desde então, outras empresas por toda a Europa já se juntaram à revolução, com o Nissan LEAF e a e-NV200 a serem agora utilizados por empresas de táxis em Estocolmo, Praga, Barcelona e Roma, entre outras.

Com custos de funcionamento de apenas 0,03€ por quilómetro, empresas como a C&C Taxis, sedeada numa zona rural do sudoeste de Inglaterra, poupam em média mais de 79 mil euros por ano. Pertencendo ao número crescente de empresas europeias que utilizam veículos elétricos da Nissan nas suas frotas, a C&C Taxis é a prova de que os veículos elétricos da Nissan permitem uma utilização fiável enquanto táxis, proporcionando uma enorme poupança de custos e uma redução significativa da pegada de carbono. Por Carlos Moura

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Portugal, Espanha e França querem criar corredor para veículos elétricos

Portugal, Espanha e França apresentar candidatura conjunta a fundos comunitários para financiamento dee um corredor comum de pontos de carregamento para veículos elétricos. O protocolo entre os três países foi assinado no início da semana, em Madrid, onde decorreu o Congresso Europeu do Veículo Elétrico.
A iniciativa tem o objetivo de estabelecer uma ligação entre os três países por uma rede de vias rodoviárias dotada de uma infraestrutura de carregamento rápido de veículos elétricos com caraterísticas comuns, que permitam a utilização dos pontos de carregamento para deslocações entre Portugal, Espanha e França.
Em França, recorde-se, está a ser implementado um projeto denominado Corri-Door, que prevê a implementação de uma rede de 200 pontos de carga rápida nas autoestradas francesas até final deste ano. Aqueles pontos de carga rápida, que permitem carregar 80 por cento da capacidade da bateria até 30 minutos, estão a ser instalados ao abrigo de um programa co-financiado pela União Europeia (Programa TEN-T) e um consórcio de entidades ligadas à mobilidade elétrica liderado pela EDF.   
A rede de pontos de carga rápida será instalada nas autoestradas geridas pelo Grupo SANEF (SANEF e SAPN), APRR e Vinci Autoroutes (ASF, COFIROUTE, ESCOTA), assim como algumas superfícies comerciais localizadas junto a nós de autoestradas. Os pontos de carga da rede Corri-Door irão ser instalados em intervalos de 80 quilómetros, facilitando a condução interurbana com veículos elétricos. O objetivo desta rede é permitir o carregamento das baterias do veículos, enquanto os utilizadores fazem uma pausa na autoestrada: 80 por cento da capacidade da bateria poderá ser recarregada em menos de 30 minutos. Os pontos de carregamento da rede Corri-Door são compatíveis com todos os veículos elétricos que atualmente estão disponíveis. O operador de mobilidade Sodetrel irá lançar o seu próprio serviço de comercialização da rede Corri-Door através de um cartão denominado Sodetrel Pass. Os clientes de outros operadores também poderão utilizar os pontos de carregamento Corri-Door, uma vez que são interoperáveis.

O projeto Corri-Door é co-financiado em 50 por cento pela União Europeia e por um consórcio que inclui a EDF, a sua subsidiária Sodetrel, a Renault, a Nissan, a BMW, a Volkswagen e a ParisTech (12 escolas francesas de engenharia e economia). Por Carlos Moura    

Correios da Noruega adquirem 240 furgões elétricos à Renault

A Posten (Correios da Noruega) vai reforçar a sua frota com 240 veículos comerciais elétricos para distribuição postal, tendo a escolha recaído no Renault Kangoo Maxi Z.E. Esta é uma das maiores encomendas de sempre para aquisição de veículos elétricos. Os Renault Kangoo Maxi Z.E. vermelhos da Posten irão ser operados em zonas de elevada densidade populacional na Noruega.
A Posten, que já tem uma frota de 900 veículos elétricos (automóveis, bicicletas, quadriciclos), dá mais um passo na responsabilidade ambiental com a aquisição destes Kangoo Maxi Z.E.  O operador postal norueguês estabeleceu como objetivo uma redução de 40 por cento nas suas emissões de dióxido de carbono até 2020. Trata-se de uma meta ambiciosa, uma vez que a empresa é responsável por um por cento das emissões de dióxido de carbono.

Com uma autonomia de 170 quilómetros em ciclo NDCE – 80 a 125 quilómetros em condições normais de utilização --,o Kangoo Maxi Z.E. constitui uma alternativa interessante para entidades ligadas à distribuição urbana. Por Carlos Moura   

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Renault e Nissan instalam 90 postos de carregamento em Paris


A Aliança Renault-Nissan instalou 90 novos postos de carregamento para veículos eléctricos, em Paris e nos arredores, para a cimeira do clima, COP21. Esta instalação foi efetuada em parceria com a EDF (empresa francesa de fornecimento de energia eléctrica), a Schneider Electric, a Aéroports de Paris, a Municipalidade de Paris e a SNCF (companhia francesa de comboios).
Os postos de carregamento, alguns dos quais são oferecidos pela Schneider Electric, vão fornecer energia às baterias dos 200 automóveis elétricos que prestarão serviço de shuttle VIP para os delegados e jornalistas que participarão nesta conferência. São esperados mais de 20,000 participantes, de 195 países, nesta 21ª Conferência Anual das Partes (conhecida como COP21), que decorrerá, em Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro.
As estações de carregamento rápido e standard serão alimentadas com eletricidade gerada a partir de energias renováveis ou de extremamente baixo teor de carbono, produzida pela EDF, e alimentará a frota da Renault-Nissan nos cerca de 400 mil quilómetros que esta irá percorrer em duas semanas. As estações de carregamento rápido permitem carregar os automóveis eléctricos de 0 a 80 por cento da capacidade em cerca de 30 minutos.
Os pontos de carregamento para a COP21, instalados na região de Paris, irão distribuir electricidade com baixo teor de carbono. A eletricidade distribuída na rede francesa tem um nível de emissões de 40g (em 2014) de CO2 por kWh, um valor bastante inferior ao da média. Catorze dos 27 pontos de carga rápida que serão instalados permanecerão em funcionamento depois da conferência e estarão disponíveis para o público.  Por Carlos Moura 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Projeto Ele.C.Tra realiza conferência final em Lisboa

A Conferência Internacional “To ‘e’ ou not to ‘e’, that is the question’, que assinala a conclusão do projeto europeu Ele.C.Tra – Electric City Transport, vai decorrer na cidade de Lisboa, no próximo dia 25 de novembro. O evento contará com a participação de representantes de várias cidades europeias -  Génova, Florença, Barcelona, entre outras – que partilharão as suas experiências no quadro do projeto Ele.C.Tra e, ainda, com o contributo dos ‘stakeholders’ e parceiros associados ao projeto, possibilitando uma reflexão alargada sobre a mobilidade elétrica.
O projeto Ele.C.Tra – Electric City Transport desenrolou-se ao abrigo do programa europeu ‘Intelligent Energy Europe’, que tem como objetivo promover a partilha em regime de aluguer de curta duração de scooters elétricas em áreas urbanas. O projeto contou com o envolvimento de 11 parceiros de oito países da União Europeia e inclui experiências piloto em três cidades – Génova, Florença e Barcelona – onde a utilização de scooters convencional é comum. O projeto arrancou no mês de julho de 2014 e teve uma duração de 30 meses, até dezembro de 2015. As ações piloto naquelas cidades vão permitir transferir as boas práticas para a implementação de sistemas de utilização partilhada de ‘scooters’ elétricas em pelo menos cinco cidades – Suceava (Roménia), La Valetta (Malta), Western Attica (Grécia), Skopje (Macedónia), Zagreb (Croácia) e Lisboa (Portugal). O parceiro português deste projeto é a empresa Exacto, Estudos e Planeamento.

A Conferência Internacional “To ‘e’ ou not to ‘e’, that is the question’, irá abordar os objetivos e resultados do projeto Ele.C.Tra, assim como as vantagens proporcionadas às cidades piloto. No evento serão partilhadas algumas experiências de cidades não piloto (Lisboa, Skopje, Suceava e Múrcia), bem como de parceiros associados (ZEEV, Nissan Portugal, EMEL, Sharen’Go de Florença e CEIIA. As experiências nacionais dos projetos Flexibus de Almada e Dorothy também serão partilhadas com os participantes desta conferência. Por Carlos Moura 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Nova sede da EDP com dez pontos de carregamento

A EDP MOP instalou dez pontos de carregamento na nova sede da EDP em Lisboa, que se destinam a abastecer os veículos elétricos de visitantes que estacionem no parque aí existente, bem como os veículos elétricos da frota da EDP.
No piso -3, foram instados dois equipamentos com 7,4kW de potência, com duas tomadas Mennekes de 32 A monofásicos cada um, designados por EV-NM, os quais estão integrados na rede pública Mobi.E, estando disponíveis para qualquer utilizador.
Nos pisos -4 e -5, foram instados seis equipamentos, cada um com uma tomada de 7,4kW de potência e 32 A monofásicos, designados como HomeChargers, que são uma solução compacta de carregamento, que irão abastecer os veículos da frota da EDP.
Estes equipamentos constituem as novas soluções da Efacec, quer para instalação na rede pública de carregamento, quer para instalações privadas, sendo o edifício sede da EDP o primeiro a receber estas inovações.

Com mais estes equipamentos instalados, a EDP MOP está a aumentar o número de pontos de carregamento já existentes em várias instalações de empresas do Grupo EDP, e na Rede de Pública de Carregamento Mobi.E, contribuindo para a garantia de abastecimento e autonomia do crescente número de veículos elétricos que circula em Portugal. Por Carlos Moura

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

BMW desenvolve moto desportiva elétrica

A BMW Motorrad e a Universidade Técnica de Munique estão a desenvolver o protótipo de um moto desportiva elétrica, que recebeu a designação de ‘eRR’.
A visão do Grupo BMW para a mobilidade elétrica ficou patente há cerca de dois anos, com o lançamento dos veículos BMW i3, BMW i8, que estrearam princípios revolucionários de construção (chassis em alumínio e habitáculo em fibra de carbono), e a maxi-scooter elétrica C-Evolution. Estes veículos vieram demonstrar que as emissões zero, o prazer de condução e o caráter prático não se excluíam.
Ao revelar o protótipo e-RR, a BMW Motorrad afirma dar mais um passo e mostra as possibilidades de uma propulsão elétrica numa moto desportiva. No que se refere ao design e à tecnologia do chassis, a BWW eRR deriva da moto desportiva S 1000 RR, mas equipada com um sistema de propulsão elétrico.

Desde o seu lançamento no mercado, a RR proporciona sensações extraordinárias aos atletas do desporto motorizado”, afirma Stephan Schaller, presidente da BMW Motorrad. “Em termos de aceleração, prestações e velocidade máxima, a RR assumiu-se como a nova referência. Contudo, temos de admitir que nos primeiros metros, até 50 a 60 km/h, a RR de 199 cv, é derrotada por outro produto da BMW, a C-Evolution, com a sua motorização elétrica. O que acontecerá se combinarmos um moto desportiva e uma motorização elétrica? O protótipo eRR leva o tópico das zero emissões e da mobilidade elétrica a um fascinante novo nível”, acrescenta o responsável máximo da divisão de duas rodas da marca de Munique. A BMW Motorrad irá anunciar mais tarde os detalhes técnicos da eRR. Por Carlos Moura      

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

BMW i3 assinala segundo aniversário

Lançado no mercado em novembro de 2013, o BMW i3 tornou-se num dos veículos elétricos mais vendidos em todo o mundo, estando atualmente em comercialização em 49 países. A BMW reivindica que, a nível global, um em cada dez automóveis elétricos vendidos são i3 e que na Alemanha a quota de mercado é de 25 por cento. O mercado mais importante para os automóvel cem por cento elétricos de cinco portas é o dos Estados Unidos, onde a BMW ocupa o terceiro lugar da tabela de vendas. Na Noruega, o BMW i3 tem sido, este ano, o modelo mais vendido de toda a gama da marca bávara.
Um dos argumentos do BMW i3 tem sido a sua versatilidade para responder às necessidades dos clientes e aos requisitos das legislações nacionais. O BMW i3 é o único que veículo importado na China que pode ser comprado com isenção de impostos e contorna as dificuldades levantadas pelo sistema local de lotaria das matrículas. Para o Japão foi configurada uma versão especial do BMW i3 que permite aceder aos parques de estacionamento subterrâneos locais, cuja altura é inferior à habitual na Europa ou nos Estados Unidos.

A BMW adianta que mais de 80 por cento dos compradores do i3 em todo o mundo são clientes novos da marca. Por Carlos Moura 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Iveco revelou nova geração do Daily Electric


Após o lançamento da versão de 16 passageiros no Busworld 2015, a Iveco apresentou a variante elétrica de mercadorias do novo Daily no Ecomondo, uma feira dedicada à ‘Economia Verde’ realizada na cidade italiana de Rimini, entre os dias 3 e 6 de novembro.
O novo Iveco Daily Electric conta com algumas inovações relativamente à geração anterior: o consumo de energia diminuiu graças a uma maior eficiência e a auxiliares elétricos de peso reduzido e a vida da bateria foi alargada em 20 por cento. Além disso, a capacidade de carga aumentou 100 quilogramas.
Além disso, os modos flexíveis de carregamento permitem recarregar as baterias em infraestruturas públicas ou privadas e através a ligação a postos de carga rápida essa operação pode demorar, em média, duas horas.
A Iveco anuncia uma autonomia real entre 110 a 160 quilómetros, com opção de duas ou três baterias de cloreto de sódio-níquel, respetivamente. O novo Daily Electric oferece dois modos de condução: Eco e Power. No primeiro caso, o binário do motor é moderado para minimizar o consumo de energia, sem impor quaisquer limites à velocidade máxima; no modo Power, o condutor pode usufruir de toda a pefrormance do motor elétrico. O sistema de regeneração da travagem é outro ponto forte do novo Daily Electric, permitindo ao condutor escolher o método de travagem enquanto circula.
O novo Daily Electric está disponível com furgão ou chassis-cabina, sendo proposto em pesos brutos até 5,6 toneladas e volumes úteis de carga até 19,6 m3.

No interior, o veículo vem equipado com um tablet removível de sete polegadas e um painel electrónico para a gestão dos dados, enquanto o sistema de navegação consiste num TomTom Bridge, o qual foi otimizado para a Iveco. Por Carlos Moura 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Híbridos, plug-in e elétricos no Salão Automóvel e do Veículo Ecológico de Lisboa


 Até dia 8 de novembro decorre o Salão Automóvel e do Veículo Ecológico nos pavilhões da Feira Internacional de Lisboa. Sete anos depois da última edição, o Salão Automóvel regressou à capital, numa organização da Associação do Automóvel de Portugal (ACAP) e da Feira Internacional de Lisboa.
Esta edição tem mais um caráter de feira do que de salão automóvel propriamente dito porque um dos objetivos da organização consistiu numa contenção de custos para os expositores. Será de referir que neste Salão do Automóvel e do Veículo Ecológico foram os concessionários das marcas a estarem diretamente presentes, contando, nalguns casos, com o apoio dos respetivos distribuidores para o nosso país. O certame ocupou uma área de 16 mil metros quadrados, que corresponde a dois pavilhões da FIL. Os veículos de passageiros das mais de 20 marcas representadas estão em exposição no interior dos pavilhões, enquanto os veículos comerciais têm um espaço dedicado nas passagens entre os pavilhões.
Esta edição do Salão Automóvel e Veículo Ecológico quase duas dezenas de estreias nacionais e mais de 200 modelos expostos, incluindo veículos híbridos, híbridos ‘plug-in’ e elétricos.

Audi
No espaço da Audi destaque para o A3 e-tron sport, o primeiro híbrido plug-in da marca que vem equipado com um motor de combustão 1.4 TSI de 150 cv, um motor elétrico de 102 cv e uma bateria de iões de 8,8 kWh. A potência combinado dos dois motores é de 204 cv. A autonomia em modo elétrico é de aproximadamente 50 quilómetros, enquanto o consumo médio anunciado em modo híbrido, isto é, com bateria carregada, é de 1,5 l/100 km/h. O Audi A3 e-tron sport está disponível a partir de 43 mil euros.

BMW
A BMW fez-se representar pela sua gama i, isto é, com o i3, disponível em versões Full Electric ou com extensão de autonomia EXA, e com desportivo híbrido plug-in i8. O BMW i3 recebe um motor elétrico de 125 kW (170 cv) que permite percorrer entre 130 a 160 quilómetros na versão Full Electric ou entre 120 a 140 quilómetros em modo elétrico e mais 120 a 150 quilómetros com ajuda de um pequeno motor a gasolina de dois cilindros com 34 cv para manter a carga da bateria num nível constante, aumentando a assim autonomia para cerca de 300 km. O BMW i3 tem um preço de venda ao público a partir de 38.250 euros
A outra proposta da BMW nesta área tem um custo de aquisição bastante mais elevado, a partir de 138 mil euros. Estamos a falar do BMW i8, que é construído com base na arquitetura LifeDrive – constituída pelos módulos Life (habitáculo em plástico reforçado com fibra de vidro) e Drive ((chassis em alumínio que integra a suspensão e todos os elementos de propulsão).  Este ‘coupé’ de quatro lugares possui um motor a gasolina TwinPower Turbo de três cilindros e 1,5 litros com 231 cv e um motor elétrico de 131 cv, oferecendo uma potência combinada de 362 cv. O BMW i8 pode percorrer até 37 quilómetros em modo totalmente elétrico, pois conta com uma bateria de iões de lítio de 5,2 kWh, que pode ser carregada de forma contínua pelo motor a gasolina durante a condução ou através de uma ligação a uma tomada elétrica convencional.  Como veículo desportivo, bastam 4,4 segundos para acelerar dos 0 aos 100 km, com tração integral, mas a velocidade máxima está limitada eletronicamente a 250 km/h.


Citroën
Para o transporte de passageiros, a oferta da Citroën assenta, atualmente, no modelo C-Zero. Desenvolvido no âmbito de uma parceria com a Mitsubishi, tem uma carroçaria detipo monovolume, mas de dimensões compactas, com um 3,48 metros de comprimento para uma largura inferior a 1,5 metros (1,475 m) e uma altura de 1,6 metros. 
As baterias estão colocadas no piso do carro, enquanto o motor, o inversor e o sistema de carga também encontram lugar na traseira do carro.O C-Zero  conta com um motor elétrico de 47 kW (64 cv), que oferece uma autonomia até 150 quilómetros. O preço de venda ao público de 31 mil euros.

Lexus
A Lexus aproveitou o Salão do Automóvel e do Veículo Ecológico para estrear as versões desportivas SportEdition do Lexus CT 200h e no Lexus IS 300h. Disponível com a designação IS 300h Sport edition e CT 200h Sport edition, ambos incluem pormenores estéticos de caráter desportivo no exterior e interior, contudo diferenciando-se das versões F SPORT que permitem um apuro dinâmico e um design ainda mais arrojado. O novo Lexus CT 200h Sport edition vai estar equipado com jantes de liga leve de 17’’ de cor preta, espelhos retrovisores com capas em preto, grelha frontal e frisos pretos, assim como, um difusor traseiro também em preto. O interior CT 200h Sport edition possui acabamentos exclusivos, como bancos em tecido e Tahara integrada e estão disponíveis 4 cores exteriores, com um preço de 32.100 euros. O IS 300h Sport edition destaca-se pelas exclusivas jantes de liga leve de 5 raios de 18’’ de cor preta para além da grelha frontal e as capas dos espelhos retrovisores na mesma cor.
  
Mercedes-Benz
A única proposta totalmente elétrica da Mercedes-Benz, o B ED, estava em destaque no stand dos concessionários da marca. O Classe B ED vem equipado com um motor elétrico de 132 kW e um binário de 340 Nm. A marca alemã anuncia uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 7,9 segundos e uma autonomia até 200 quilómetros. Em função do desejo do utilizador para conduzir economicamente ou de forma mais desportiva estão à disposição três programas de condução (Economy Plus, Economy e Sport). A bateria de iões de lítio encontra-se por baixo do veículo, libertando espaço no interior para oferecer cinco verdsdeiros lugares e uma bagageira com uma capacidade de 501 litros. O Mercedes-Benz Classe B Electric foi desenvolvido em colaboração com a Tesla Motors, designadamente o sistema de propulsão da marca norte-americana fundada por Elon Musk. Tem um preço de venda ao público a partir de 43 mil euros.

Mitsubishi
A Mitsubishi aproveitou o Salão do Automóvel e Veículo Ecológico para apresentar, pela primeira vez, ao público nacional a nova geração do Outlander PHEV. 
As principais alterações são estéticas, designadamente na grelha dianteira, que conferem um aspeto mais desportivo e agressivo a este modelo. 
Este SUV híbrido ‘plug-in’ dispõe de um motor a gasolina de 1.998 cc e 121 cv, e dois motores elétricos de 60 kW (80 cv), distribuídos por cada um dos eixos, o que garante a tração às quatro rodas. O Mitsubishi Outlander PHEV recebe uma bateria de iões de lítio de 12 kWh que possibilitam uma autonomia elétrica até 50 quilómetros. A autonomia total pode chegar aos 800 quilómetros. O consumo médio de combustível situa-se entre os 2,6 e os 7,2 l/100 km, em função de uma maior ou menor utilização das baterias carregadas.

Nissan
A Nissan marcou presença no salão com toda a sua gama elétrica, que inclui os modelos LEAF e e-NV200. A grande novidade era, indiscutivelmente, a nova versão de bateria de 30 kWh do Nissan LEAF, que passa a oferecer uma autonomia até 250 quilómetros, ocupando o mesmo espaço da bateria original de 24 kWh. 
Segundo a marca, as melhorias introduzidas na nova bateria consistiram na revisão da química interna e na utilização de novos materiais para os elétrodos. Além do carregamento normal, a bateria de 30 kWh também pode ser carregada de 0 a 80 por cento da sua capacidade em 30 minutos quando ligada a um carregador rápido.
O comercial e-NV200, nas versões furgão e combi, também esteve representado no espaço dos concessionários da Nissan. Este modelo dispõe da mesma tecnologia elétrica do LEAF e uma autonomia homologada de 170 quilómetros. 
A versão de mercadorias possui um volume de carga de 4,2m3 e uma capacidade de carga de 770 kg. O compartimento de carga permite transportar duas europaletes e está acessível através de portas deslizantes em ambos os lados e portas traseiras de ampla abertura. Em opção também está disponível com uma única porta traseira com dobradiça superior - que asseguram que as operações de carga e descarga são tão simples e fáceis quanto possível. Para o transporte de pessoas e alguma bagagem, quatro passageiros e condutor, está disponível a versão Combi.

Peugeot
A oferta elétrica da Peugeot para o transporte de passageiros consiste no citadino iOn. Tal como o Citroën foi desenvolvido ao abrigo da parceria entre oos Grupos PSA Peugeot Citroën e a Mitsubishi. 
Assim, o Peugeot iOn apresenta carroçaria de tipo monovolume, mas de dimensões compactas, com um 3,48 metros de comprimento para uma largura inferior a 1,5 metros (1,475 m) e uma altura de 1,6 metros. 
As baterias estão colocadas no piso do carro, enquanto o motor, o inversor e o sistema de carga também encontram lugar na traseira do carro. O Peugeot iOn  conta com um motor elétrico de 47 kW (64 cv), que oferece uma autonomia até 150 quilómetros. O preço de venda ao público de 30.390 euros.

Renault
A Renault apresentou ao público o ZOE 240. A grande novidade em relação ao “original” é um novo motor, 100 por cento desenvolvido pela marca. 
Com 95 patentes específicas, um bloco inovador na conceção e na arquitetura, que reivindica mais autonomia, melhor rendimento (ou seja, menos consumo de energia) graças a uma mais eficaz gestão eletrónica e menor tempo de carregamento, devido à evolução feita no sistema de carregamento Camaléon, que permite um carregamento mais rápido – menos de 8 horas numa vulgar tomada doméstica com 3 kW (com wallbox). Um motor também dez por cento mais compacto do que aquele que equipou a versão de lançamento.
Com uma autonomia de 240 quilómetros (mais 30 quilómetros que o motor “original”), o modelo reforça o estatuto de automóvel do segmento que é capaz de cumprir mais quilómetros com uma única carga de baterias. O novo Renault ZOE R240 tem um preço de venda ao público a partir de 21.525 euros, isto é, mais 300 euros do que o ZOE Q210, que ainda se mantém em comercialização.

Toyota
 A Toyota marcou presença no Salão do Automóvel e Veículo Ecológico 2015 com a tecnologia híbrida que têm conquistado o coração de mais de oito milhões de clientes em todo o mundo. Sendo atualmente a marca com a maior oferta na gama de modelos com tecnologia híbrida no mercado português e, tendo sido pioneira nesta tecnologia, os visitantes podem ver de perto os modelos de maior sucesso como o utilitário Yaris Hibrido, o familiar Auris Touring Sports Hibrido ou o tecnológico e avançado Prius Plug-in, com a sua tecnologia de condução em modo elétrico de 25 Km. 

Volkswagen
A Volkswagen levou aos pavilhões da FIL o seu híbrido plug-in diesel XL1, que tem um preço de venda ao público de 89 mil euros. Equipado com um motor diesel de 829 cc que desenvolve uma potência de 70 cv e um binário de 140 Nm, este veículo possui uma carroçaria aerodinâmica em carbono e não dispõe de espelhos exteriores retrovisores que foram substituídos por câmaras. Toda esta otimização tem como objetivo assegurar um consumo médio de combustível em modo híbrido de 0,9 l/100 km. A velocidade máxima está limitada eletronicamente a 160 km/h.  
  
Volvo
No espaço da Volvo, um dos destaques era V60 PHEV. A marca sueca foi a primeira a utilizar um motor diesel de 2,4 litros e 215 cv num híbrido com função ‘plug-in’. Esta solução oferece uma autonomia elétrica até 50 quilómetros  e um consumo médio combinado em modo híbrido de 1,8 l/100 km. O Volvo V60 PHEV possui um pack de baterias de 11,2 kWh e um motor elétrico de 68 cv. O preço de venda ao público inicia-se nos 40.642 euros. Por Carlos Moura